terça-feira, 1 de março de 2011

27/02/2011

Voltando a Colméia !

Com toda certeza a sonoridade doce na voz regressou, um disco que não foi o genérico referenciado á nenhum trabalho de outras pioneiras do gospel, parece que aos poucos a abelha está voltando á colméia!


Quem conhece e curtiu Cristina na época de ouro da BomPastor, sente saudades da sonoridade internacional, letras poéticas e melodias ricas que proporcionavam ela interpretar as canções de uma forma que fechando os olhos podíamos imaginar um roteiro clássico de cinema, sem dúvidas ela é uma das maiores interpretes que temos em nosso Brasil!


Acho algumas canções desse disco, Som do Amor, com a sonoridade bem parecida com o álbum “Presente de Deus”, que foi pra mim o trabalho mais rico da artista lançado pelo grupo da Família Oliveira, que sempre dispôs de ótimos profissionais para confeccionar os fonogramas da cantora.


Som do Amor além de ser um trabalho que nos remete à antiga “Cristina Mel”, traz uma dosagem muito bacana e moderada nos agudos e demonstrações de potencia vocal desnecessárias que encontramos em várias artistas hoje em dia, ou seja dá pra ouvir o disco inteiro sem ter que abaixar o volume em alguns momentos!


PC Baruk , além de ser um dos produtores do disco, ele e sua equipe são os melhores profissionais de tratamento e edição de voz, igual ao trabalho do jovem paulistano não temos no mercado gospel, com isso temos a voz limpa no trabalho! As obras que foram confiadas a ele trazem um cuidado notório nos pequenos detalhes, tanto nos elementos clássicos, como também na pegada e marca pop que é impressa em todos os seus trabalhos.


Emerson Pinheiro também foi um dos produtores, imprimiu também sua marca nas execuções de teclados, nada muito marcante, mas também contribuiu muito com sua experiência nas “canções pra frente” que ele produziu.


Fernanda Brum, esposa de Emerson e colega de gravadora de Cristina, participa de uma das faixas do álbum. Consolo para o Inconsolável é uma canção na linha profética que aos meus ouvidos ficou meio que sobrando no álbum, nada muito impactante, é bem visível, ou melhor audível que houve um clima estranho no conforto vocal, já que uma cantora canta lá em baixo e outra lá em cima.


Jerusalém e eu, música gravada e imortalizada na voz de Denise Cerqueira, foi regravada para esse disco, as cordas foram caprichadas, Baruk executou o trabalho confiado com excelência, mas a interpretação de Cristina ficou muito parecida com a de Denise, pode ser que seja proposital, mas esperava mais diante da expectativa que tinha sobre essa regravação, mas pra quem sente saudade dos agudos ousados da Mel podem lavar as mãos, sentar á mesa e se deliciar com o banquete AGUDAMENTE doce!


“Depois que o sol nascer”, é outro banquete para os “Amigos Pentecostais da Mel”, pra mim é a segunda música que bóia no disco, na verdade essa e o dueto com a Brum são músicas que poderiam ser colocadas em coletâneas, em Cd brinde, mas no disco não, pra quem curtiu épocas de Clevan e Franc Recordes podem lavar as mãos, sentar a mesa e se deliciar com o banquete de Fogo! Risos ...


Temos canções pra frente, nessa linha que a Aline Barros tem gravado, na cola das comunidades de Arcas e Altares! Essas canções tem que ter, mas dessa vez Cristina deixou sua marca, não foi um “couver”, os arranjos e interpretações ficaram modernos, mas na linha do limite de não se tornar uma coisa forçada, foi legal, pegou bem!


No geral, como já disse acima, acredito que a abelha está voltando á colméia, a canção “Som do Amor”, que dá título ao trabalho, é prova de que Cristina volta a cantar o amor de forma livre, no disco temos músicas que a voz da adoradora traz amparo, força e estimulação aos sonhos, como fazia antigamente.


Espero que aos poucos venha aos nossos ouvidos cada vez mais a maneira livre, intensa e sem pódas de Cristina Mel fazer sua música que faz parte da trilha sonora de nossas vidas!

Auto&Falante



Escrito por AutoeFalante às 01h32

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